terça-feira, 24 de abril de 2007

Quem e Zé Pelintra

Apesar de ser um espírito "boêmio", "malandro" e brincalhão, este ente de luz, trabalha com seriedade e mesmo com a fama que possui, de beberrão, não é bem assim que as coisas funcionam. Seu Zé cobra muito de seus médiuns, cobra por seriedade, responsabilidade entre outras virtudes e é o primeiro guia que se afasta do médium quando este não segue seus conselhos e não adota a boa moral e conduta pregada por ele, ou seja, um "cavalo de Seu Zé", deve ser honesto, trabalhar com firmeza para o bem, para a caridade, não pode ser adúltero, beberrão, pois ele não admite isso de seu médium.

Apesar das controvérsias, é um guia luzeiro que trabalha para o bem.

Salve Zé Pelintra! Salve todos os malandros de Umbanda!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Porque Vestimenta branca

Na umbanda os médiuns usam normalmente como vestimenta apenas roupas brancas , podendo estar os pés descalços, representando a simplicidade e a humildade. Mas há Umbandas que também utilizam roupas com as cores de cada linha.Por exemplo, em giras de Ogum se utiliza camisas ou batas vermelhas e calças e saias brancas. Nas giras de esquerda as roupas são pretas, sendo que as filhas de santo podem se vestir de vermelho e preto. Pode ocorrer, por exemplo, que uma entidade de preta velha solicite uma saia ou um lenço para amarrar os cabelos: isso visa proporcionar a que o médium se pareça mais com a entidade que o está incorporando. Também há os apetrechos dos guias. Por exemplo, os caboclos costumam utilizar cocares, alguns utilizam machadinhas de pedra, chocalhos, etc.

Um Deus único e superior

Zâmbi, Olorum ou simplesmente Deus - Em sua benevolência e em sua força emanada através dos Orixás e dos Guias, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e social. Infelizmente deve-se aos limites da linguagem humana a falta de precisão em conceituar o que seria Deus. Isto por que uma das características da Divindade Suprema é ser Infinito, sem medidas, o que remete apenas conhecer parcialmente sua “Natureza”.

Mormente cabe ao homem a aventura de tentar decifrar a “Divindade”, pela fé, pelo amor e pela razão e é sobre esta Grande Aventura Humana é que pretendemos falar.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Para q trabalhar

Onde quer que olhemos na magnitude da obra Divina, encontramos a força do trabalho renovando e sustentando todas as coisas.

A terra pede força dos animais e das máquinas para a renovação do solo e frutificação da colheita:

Na doença do corpo o remédio trabalha favorecendo as células e restabelecendo o equilíbrio:

Na escuridão a luz é conclamada a trabalhar para clarear o caminho de nós todos:

No desespero diante da dor, a palavra do homem de bem é serviço de consolação:

Saibamos irmão que:

O trabalho enobrece;

O trabalho sustenta;

O trabalho aperfeiçoa;

O trabalho esclarece;

O trabalho alivia;

O trabalho ilumina;

O trabalho desenvolve;

O trabalho favorece a paz.Por tudo isso, o trabalho é considerado uma das forças primárias da natureza, pela qual Deus incessantemente nos convida a evolver para atingirmos perfeição.

quinta-feira, 22 de março de 2007

os 10 mandamentos da umbanda

1)Trabalhamos exclusivamente visando o bem, a caridade e a evolução espiritual de todos.

2)A Umbanda não faz despacho em encruzilhadas, não faz matança de animais, não suja a natureza, não cobra consultas e trabalhos, não faz trabalho de "amarração"!

3)Não temos feituras de cabeça, raspagens, camarinhas, roncó, corpo fechado, ebós, orunkô, feitura de santo, bascos, firmo de nação, etc.

4)As sessões obedecem a horários pré-estabelecidos, para início e término.

5)Nas sessões ou em rituais fechados de Umbanda não há abate de animais ou de qualquer outro ser vivo.

6)As oferendas aos guias, ou entidades menores, são realizadas em locais determinados normalmente junto a natureza, ou reinos apropriados, ou até mesmo dentro do próprio terreiro quando é possível. Lembrando sempre de deixar o local limpo como foi encontrado. Somos absolutamente contra, por exemplo, acender velas perto de árvores (risco de incêndio) ou numa pedra (sujeira da cera). Nós amamos a natureza e as suas energias, como podemos sujar os locais sagrados para nós?
7)Na Umbanda a vestimenta básica é toda branca em todas as giras.

8)Não há retribuições financeiras por trabalhos executados, consultas, ou o que quer que seja.

9)A ascensão ao sacerdócio na Umbanda, se faz através do tempo, da propriedade individual, da constância, dedicação, estudo e seriedade com que o médium se propõe a caridade. O trabalho e o tempo, a dedicação e o estudo profundo é que fazem a firmeza do médium. E tudo isto não acontece de uma hora para outra.

10)A prática religiosa deve ser realizada em locais específicos, nos centros. Não aprovamos e não permitimos atendimentos nem na residência do médium ou em qualquer outro local, sem a devida vênia e conhecimento da FEDERAÇAO ou seja em Terreiros Filiados .

Na Umbanda a caridade é lei maior ATE PARA OS EXUS

Na Umbanda a caridade é lei maior

E esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral.
NÃO EXIGEM NEM ACEITAM “TRABALHOS”, DESPACHOS OU OUTRAS COISAS RIDÍCULAS das quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais de santo ignorantes se utilizam para obter o dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam os caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de magia negra.
NADA TEM A VER COM A UMBANDA!

Exu Na Umbanda

Exu é entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior.
Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente.
São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.
Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.

OS 7 ORIXÁS BÁSICOS

OXOSSE

Orixá da saúde, prosperidade, força, energia (ligada a saúde), farmacopéia (farmácia), nutrição É o “caçador” do Axé. Representado pelos Caboclos e Caboclas. Reino: mata. Cor: verde (todos os tons e branco). Os tons de verde variam de acordo com a origem Caboclo.
Sincretizado no Rio de Janeiro com São Sebastião, tem o seu dia comemorado em 20 de janeiro.
Elemento: terra. Dia na semana de vibração maior: quinta-feira.
Características de seus filhos: meio fechados, gostam de viver no seu próprio meio. Gostam de contemplar a natureza. Geralmente são pessoas desconfiadas, mas que quando confiam são amigos fiés. Trabalhadores incansáveis.
Outras formas de grafia encontradas: Oxossi e Oxosse.

OGUM

Orixá da energia (ligada a atitude), perseverança, vencedor de demanda, persistência, tenacidade, renascimento (no sentido de capacidade de se reerguer). Reino: Orixá sem reino específico, que atua na defesa de todos os reinos em função A Energia de Ogum está em todos os lugares. Cor básica: vermelha e branco.
Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jorge, tem o seu dia comemorado em 23 de abril.
Elemento: fogo. Dia da Semana de vibração maior: terça-feira
Características de seus filhos: são persistentes, tem temperamento forte. Determinados e batalhadores.
Desdobramentos Principais de Ogum
Ogum Megê – vermelho, branco e preto (trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena - cemitério).
Ogum Rompe Mato – Vermelho e verde (trabalha em harmonia completa com Oxoce, na entrada da Mata. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxoce)
Ogum Beira-mar – Coral (trabalha na orla marítima em harmonia com Iansã e Iemanjá)
Ogum Iara – azul claro e vermelho (trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum)
Ogum de Lei – vinho e branco (trabalha com as Almas em harmonia com Xangô, Omulu, Oxum e Ogum Iara)

OBS.: Os demais Oguns encontrados mais raramente dentro dos terreiros de Umbanda, são desdobramentos destes principais Chefes de Linha, exemplo: Ogum 7 Ondas (desdobramento de Ogum Beira-Mar).

XANGO

Orixá da justiça e do conhecimento (estudo de maneira geral), equilíbrio das forças de um modo geral, ligadas a questões de Justiça. Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jerônimo, tem o seu dia comemorado em 30 de setembro.
Encontramos também outras datas de comemoração porque este Orixá foi sincretizado com outros Santos Católicos, em função de seus desdobramentos, a saber: Xangô Alafim-Eché (São Jerônimo), Xangô Abomi (Santo Antônio), Xangô Alufam (São Pedro - 29 de junho), Xangô Agodô (São João Batista - 24 de junho), Xangô Aganju (São José - 19 de março) Xangô D'Jacutá (sem sincretismo - Regência geral da Linha de Xangô).Encontramos também outras datas de comemoração porque este Orixá foi sincretizado com outros Santos Católicos, em função de seus desdobramentos, a saber: Xangô Alafim-Eché (São Jerônimo), Xangô Abomi (Santo Antônio), Xangô Alufam (São Pedro - 29 de junho), Xangô Agodô (São João Batista - 24 de junho), Xangô Aganju (São José - 19 de março) Xangô D'Jacutá (sem sincretismo - Regência geral da Linha de Xangô).
Reino: pedreira. Força da natureza: trovão
Cores: marrom, cinza e ainda o roxo.
Elementos: ar e terra.
Dia da semana de vibração maior: quarta-feira
Características dos seus filhos: Rigidez de pensamento, tem grande senso de justiça, são pessoas metódicas, equilibradas e tem facilidade no estudo.

OMULU

Orixá de transformação energética, de toda energia produzida de forma natural ou artificial, quer dizer, a energia natural é toda aquela emanada da natureza ou do nosso próprio pensamento e a artificial é a fabricada (oferendas). Ele transforma tudo e descarrega para terra.
Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas.
Se Exu é o grande manipulador das forças de magia, o Sr. Omulu é o Mestre.
Quando desencarnamos tem sempre um enviado de Omulu do nosso lado, por isso é que ele sempre diz que temos que resgatar a nossa dívida; temos que agir efetivamente para resgatarmos o nosso Karma.
Sincretizado no Rio de Janeiro com São Lázaro tem o seu dia comemorado em 17 de dezembro.
Reino: calunga pequena (cemitério).
Cores: preta e branca em proporções iguais.
Elemento: terra. Dia da Semana de vibração maior: sábado
Características dos seus filhos: Pessoas fechadas, que passam por grandes transformações na vida, normalmente ligadas a perdas. São protegidos contra qualquer tipo de magia. A mediunidade é aguçada desde muito jovem.
OBS.: Obaluaê é um desdobramento de Omulu, vibrando em forma mais jovem. Não se trata de outro Orixá, mas sim de um desdobramento.

IÃSÃ

Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações, (mutações e mudanças) ligadas às coisas materiais, fluidez de raciocínio e verbal, Orixá intimamente ligada aos avanços tecnológicos. Grande guerreira.
Não tem reino específico, atua nos fenômenos da natureza.
Cor: amarelo ouro e branco. Elemento: ar, água e fogo
Dia da semana: quarta-feira (horas pares até às 16:00h)
Sincretizada no Rio de Janeiro com Santa Bárbara tem o seu dia comemorado em 4 de dezembro.
Características dos seus filhos: Mudança de pensamento (jogo de cintura), facilidade de falar, de se comunicar, de interagir. Pessoas geralmente bastante flexíveis (abertas) as novidades e mudanças.

IEMANJA

Orixá dos mares. Responsável pelos bens materiais, grande provedora e mãe. Senhora da Calunga Maior, portanto grande absorvedora de energias negativas
Traduz a sua vibração em paz e harmonia. Protetora da família, dos laços familiares.
Reino: mar. Cores: azul claro ou branco transparente. Elemento: água. Dia da semana de maior vibração: sexta-feira.
Sincretizada no Rio de Janeiro com N. Senhora da Glória tem o seu dia comemorado em 15 de agosto.
Características de seus filhos de Iemanjá: Dinheiro com facilidade (quando não tem, aparece), não aparentar a idade que tem, "espírito" maternal, gosta do poder.

OXUM

Orixá do amor, da harmonia e da concórdia. Equilíbrio emocional. Senhora das águas doces, rios e cachoeiras. Reino: Cachoeira. Cor: azul. Elemento: água. Dia da semana de maior vibração: segunda-feira.
Características dos seus filhos: Docilidade, sensibilidade (choram com facilidade), místicos.

Orixás na Umbanda

DEFINIÇÃO DE ORIXÁ
Ori = Coroa; Xá = Luz

A palavra Orixá quer dizer “Coroa Iluminada”; “Espírito de Luz”. O princípio mais evoluído existente em nosso sistema, manifestado através das forças da natureza.
Para haver um melhor entendimento, esquematizamos um organograma.
Você não encontrará aqui Lendas que expliquem os Orixás, porque a Umbanda não se fundamenta em lendas e sim em observação do funcionamento das forças da natureza. Você não encontrará aqui "pontos riscados" de entidades, porque consideramos o ponto riscado parte integrante da liturgia da Umbanda e portanto não deve ser profanado. Você não encontrará aqui receitas de oferendas, pois somos contra o uso indiscriminado delas. Você encontrará aqui uma simples apresentação dos Orixás. Apenas isto.

quarta-feira, 21 de março de 2007

O MÉDIUM

O MÉDIUM

O médium é o Office boy da espiritualidade e existem muitos.

Uns trabalham nas empresas de luz e trazem as respectivas mensagens, outras trabalham nas empresas da escuridão e também respectivamente as trazem travestidos de líderes espirituais com objetivos materiais negros.

O médium consciente sabe que é médium, é mais lúcido, reconhece e admite a presença dos amigos espirituais e se assume médium mesmo perante a crítica dos fundamentalistas "espumantes" que são capazes de morder a própria língua para ofender e perpetrar àqueles que não comungam com as suas idéias estreitas.

O médium é a última milha do telefone sem fio interdimensional. O que antes fez como brincadeira de criança hoje faz como responsabilidade de adulto.

O médium não é evoluído e nem melhor, aliás muito pelo contrário, a mediunidade na maioria das vezes é apenas oportunidade kármica (dharma) de resgatar os erros do passado que pode se manifestar como fardo, como bênção ou como ambos dependendo da situação e "n" variáveis conscienciais intervenientes.

Cada médium tem um trabalho, uma tarefa ou obrigação consciencial que lhe foi gentilmente cedido pelo Alto face a seu arrependimento e vontade de mudar, mas muitos "perecem" no meio do caminho e se atolam na repetição de erros do passado. Outros tantos se estagnam e efetuam pequena fração de suas tarefas que antes tanto se entusiasmaram por fazer acreditando que seria fácil.

A mediunidade não é brincadeira, é tarefa séria e de alta responsabilidade que independe de hora, idade, local, doutrina, religião, intelectualidade ou situação financeira.

Cada médium programou para si adstrito a orientação de seus mentores e que seria melhor para si dentro do contexto evolutivo.

Mediunidade não é tarefa para os fracos e covardes, mas para os abnegados e persistentes. O Alto necessita de cada alma que se dispõe a retornar ao bem e a assumir sua tarefa de minipeça cósmica consciente frente ao Universo regido pelas leis de Deus.

A mediunidade é uma associação de vontade mais talento mais oportunidade mais responsabilidade mais renúncia a fim de ajudar a muitos outros para no fim estar ajudando mais a si próprio.

O médium vaidoso só o é porque não é lúcido e não se lembra, ou melhor, não deseja se lembrar dos erros do passado e hoje custa a admitir que sua mediunidade-trabalho-tarefa-obrigação foi implorada por ele ao Alto no período intermissivo.

Ser médium não é bonito e nem vantagem, mas é obrigação por opção voluntária endossada pelo Alto ao fim de autoburilar a conduta íntima, quitar karma no atacado, superar um novo degrau nesta íngrime escalada evolutiva da vida.

Deus não joga dados e a vida não é brincadeira, muito menos o trabalho e a mediunidade. O amor é um direito de todas as criaturas e nos parece que não temos outra opção senão ter coragem de enfrentá-lo.

Dá trabalho? Sim!

Mas ser feliz é um trabalho que compensa

Não existe fuga para você, tu sejas médium ou não.

O médium pulou de pára-quedas no meio guerra, admitiu a auto-luta em princípio a pôs a cara a tapa na reencarnação a que se propôs e no meio do caminho não há como desistir. É como uma represa que ruiu, nada segura a força da água e nada segura o fluxo de energias conscienciais na vida dos seres.

Aos médiuns nós sugerimos, abandonem as brincadeiras irresponsáveis e assumam seus serviços, nós precisamos de vocês. Percam a vergonha de assumir sua mediunidade tanto na frente dos ignorantes tridimensionais, como aos invejosos espiritualistas ou aos parapsiquistas multidimensionais e confiem em si.

Auto-estima para o médium é fundamental, mas sem vaidade. Não respondam as críticas maldosas, elas merecem ser desprezadas, a melhor resposta é o resultado de seu trabalho que só irá obter trabalhando.

Mãos a obra, a espiritualidade não dorme!

Bom pro hoje e so pessoal

Umbanda, Religião, Arte, Filosofia, Ciência?

Dia 15 de novembro de 2006. A Umbanda fez 98 anos. Noventa e oito. Somente isso.

Fiquei imaginando o RG da Umbanda:

Nome: UmbandaNascimento: 15/11/1908
Naturalidade: Brasileira
“Pai”: Zélio Fernandino de Moraes – pai aos 18 anos


Incrível isso não? Uma religião, nascida no Brasil, que respeita espíritos de “baixo escalão”, apelidada por muitos (invejosos) de baixo espiritismo. Que trabalha com caboclos, pretos-velhos, ciganos, baianos, marinheiros, exus, pombo giras, boiadeiros, povo do oriente. Só podia ser mesmo uma religião genuinamente brasileira.

Uma religião que tem sua cultura baseada no intercambio racial, no respeito social, na diversidade, na convivência harmônica de povos. Como o Brasil.

Alguém, por um acaso, imaginava encontrar um zelador de Umbanda japonês, juntamente com um irlandês e um alemão?!

A cultura umbandista é assim. Essa mescla, essa “confusão” organizada, onde não se sabe quando se termina a religião para se iniciar a filosofia de vida e logo após falando de ciência, rotação de elétrons, difração magnética, interferência construtiva, freqüência vibratória nominal enquanto fazemos a arte, resgatamos a cultura de nossos antepassados, numa festa com direito a muita música e dança.

Isso é Umbanda. Saber mesclar tudo isso harmoniosamente.

A união dos povos e das culturas, com respeito e amor, é a base da Umbanda.

Foi dessa maneira, sendo Umbandistas, que 5 casas conseguiram se unir (sem se unificar), respeitando suas diferenças ritualísticas, e pudemos fazer uma gira comemorativa aos 98 anos da Umbanda.

Não vou tecer muitos comentários sobre a gira. Simplesmente digo que praticamos a Umbanda em sua essência. Sem exageros, sem luxo, sem orgulho, sem arrogância. Estávamos todos juntos, felizes, pulsando alegria, dando as mãos, rindo, cantando cada oração (ponto) como se fosse a última. Estávamos como as crianças da Umbanda. Em festa.

Tenho certeza que a festa foi também da espiritualidade.